segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Sensualidade da Laranja

A essência do fruto

No começo era só uma laranja, uma laranja cor de laranja, casca lisa, tamanho p, um redondo ovalado.

Brinco com ela, exploro a textura de sua casca, deslizo-a em meu braço, pernas, ventre. 

Era gelada e provocava um tremor, aos poucos esquentava e se amoldava ao meu corpo.

O calor se iguala e a laranja se integra.

Curiosa com os prazeres que vem além da casca, começo a despí-la sem pudores.

Descasco-a e vou sentindo seu suco melando minhas mãos, um aroma cítrico adocicado invade meu ser e desperta uma vontade de quero mais...

A laranja é cortada em rodelas, gomos, grumos,...

Fecho os olhos, minha boca se abre, um gomo se oferece, de repente aquela semi-lua deslizava minha boca a dentro e distribuia seu néctar denso e viscoso. Então eu sorvia sedenta por eternizar aquele momento.

Meus lábios exploram o fruto, sinto as ranhuras do bagaço amargo, contrastando com o suco doce. 

Explosões de prazer brotam em meu ser, o gosto cítrico preenche minha boca, salivo sem parar e me entrego.

Conforme vou experimentando, me soltando, o pensar dá lugar ao sentir, a sedução acontece em sua naturalidade.

Mordo a laranja, chupo seu gomo, sugo seu líquido. 

Meu ser agora exala a fragância da laranja, minha boca sutiliza e um gosto único a convida a permanecer naquele estado de êxtase.

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