QUANDO TUDO É MAIS QUE TUDO...
Manhã de sábado, sol a brilhar, destino certo - Zona Cerealista, Empório Roots.
Quem nunca foi, deve perder algumas horas para esta deliciosa visita.
As cores se mesclam em uma profusão de tons, os aromas invadem a alma, que vagueia e se deleita em tal paraíso.
Adquiro vários grãos, especiarias, castanhas, óleos para massagem e parto para mais um local de deleite, o Museu da Língua Portuguesa, onde está Fernando Pessoa e meu amado Alberto Caeiro.
Alberto Caeiro é magnífico em sua existência por fazer prevalecer a simplicidade das coisas, não a filosofia, ou seja tudo simplesmente é o que é, sem julgamentos, pensamentos, classificações.
Hoje compartilho um de seus escritos, aliás é muito difícil selecionar "um".
" Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz."
(O guardador de rebanhos, IX) - Alberto Caeiro
Nada como viver somente o agora e não classificá-lo, simplesmente desfrutá-lo assim como ele é!
E para agradecer a vida e a oportunidade deste dia finalizo o sábado em um Puja para Saraswati.
Tudo é mais que tudo!
Grata, grata, grata...
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