segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A POESIA DA VIDA

QUANDO TUDO É MAIS QUE TUDO...

Manhã de sábado, sol a brilhar, destino certo - Zona Cerealista, Empório Roots. 

Quem nunca foi, deve perder algumas horas para esta deliciosa visita. 

As cores se mesclam em uma profusão de tons, os aromas invadem a alma, que vagueia e se deleita em tal paraíso. 

Adquiro vários grãos, especiarias, castanhas, óleos para massagem e parto para mais um local de deleite, o Museu da Língua Portuguesa, onde está Fernando Pessoa e meu amado Alberto Caeiro.

Alberto Caeiro é magnífico em sua existência por fazer prevalecer a simplicidade das coisas, não a filosofia, ou seja tudo simplesmente é o que é, sem julgamentos, pensamentos, classificações.

Hoje compartilho um de seus escritos, aliás é muito difícil selecionar "um".

" Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz."

(O guardador de rebanhos, IX) - Alberto Caeiro

Nada como viver somente o agora e não classificá-lo, simplesmente desfrutá-lo assim como ele é!

E para agradecer a vida e a oportunidade deste dia finalizo o sábado em um Puja para Saraswati.

Tudo é mais que tudo!

Grata, grata, grata...