sexta-feira, 4 de abril de 2014

VOCÊ TEM FOME DO QUE?


Refletir sobre alimentação traz algumas questões: "O que eu alimento?", "Como alimento?", "Porque alimento?" A princípio tudo bem fácil de responder, alimento meu corpo, com comida, porque tenho fome, mas será que é só isso?

Qual é a fome que me motiva a buscar o alimento?

Quando a fome fala de vitalidade, saúde, energia, poder, consciência, alegria, vontade, criatividade, confiança, fé,... um olhar atento é direcionado para as escolhas alimentares, não há espaço para que qualquer alimento entre no cardápio. Existe um chamado atento para selecionar as iguarias que servem a mesa.

Uma comunicação fluída entre o Ser e o alimento é o fio condutor que promove o equilíbrio. Este tipo de fome pede uma alimentação consciente.

Comidinhas que vem cheias de aditivos, conservantes, em caixinhas bonitinhas, não possuem a mesma linguagem do Ser, afinal são geradas pela indústria, pelas invenções dos laboratórios químicos, falam a língua das fórmulas, do tentar imitar, do querer ser.

Alimentos processados distanciam o Ser de sua origem, da grande Mãe, da Natureza. Quanto mais distante se faz essa ligação, mais frágil se torna a compreensão do Ser natural, equilibrado, harmônico, presente, do Ser que É. 

A alimentação natural e orgânica abre espaço para que esta reconexão com a Terra seja feita, para que o Ser sinta o pertencer a algo maior, ao Cosmos. A consciência do pertencer faz aflorar a verdade do não estar sozinho, do estar conectado, do fazer parte de um todo, do ser acolhido.

Este encontro insere o Ser dentro dos ciclos da natureza, onde cada estação tem suas características, clima, colheita, sentimentos. A proximidade das manifestações da grande Mãe torna possível compreender as verdades internas, os anseios, as necessidades, condizentes a cada indivíduo.

Existe a revelação da individuação, o pertencer não massifica, cada um é uma parte do todo, do tudo. Esse nível de percepção direciona as opções alimentares que conduzem ao equilíbrio almejado por cada indivíduo.

Não existe uma verdade única, nem alimento ideal, cada um tem uma necessidade, vive um momento específico. Entender e respeitar o Ser que clama por viver em harmonia pode começar compreendendo sua forma alimentar, escutando e acolhendo os pedidos do corpo, um corpo com contexto físico, emocional, mental e espiritual.







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